4.2. As necessidades calóricas

 
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“Com o passar do tempo fico cada vez mais neutra em carbono”

 

As necessidades calóricas diminuem com o passar da idade devido a diminuição da taxa metabólica basal e da diminuição dos níveis de atividade física.

 
Isto deve-se a alterações na composição corporal: uma diminuição do tecido corporal magro (músculo) e um aumento do tecido adiposo. Muitas pessoas também se tornam menos ativas à medida que envelhecem. Isto significa que, para um dado peso corporal, as pessoas mais velhas tendem a ter menos músculo e mais gordura, levando a uma diminuição na Taxa Metabólica Basal (TMB).

As necessidades calóricas de uma pessoa idosa dependem da sua idade, sexo, atividade física, condições médicas existentes, e se estão acima ou abaixo do peso. As necessidades calóricas das pessoas idosas, mesmo com uma atividade física semelhante à da idade mais jovem, diminuem. Estima-se que entre as idades de 45 e 75 anos, esta diferença pode ser de cerca de 500 kcal para as mulheres, e cerca de 800 kcal para os homens. Além disso, à medida que a atividade física diminui ao longo dos anos, essa diferença pode ser ainda maior.
 


 Taxa Metabólica Basal (TMB) é a quantidade de calorias necessárias para manter o corpo a funcionar em repouso. A TMB é também conhecida como o metabolismo do corpo; portanto, qualquer aumento no metabolismo, como o exercício físico, irá aumentar a sua TMB.
 
Para calcular a TMB, pode utilizar uma calculadora de TBM disponível na hiperligação abaixo:
 
www.inchcalculator.com/bmr-calculator
 
Insira nas caixas adequadas os seguintes dados: altura, sexo, idade e peso.


 
A forma mais fácil de avaliar se o valor calórico da sua dieta é adequado às suas necessidades é avaliar a estabilidade do peso corporal. Se o peso corporal se mantiver constante, o valor calórico das refeições alimentares está a suprir as necessidades do corpo. Por outro lado, no caso de perda ou ganho de peso, a dieta será, respectivamente, insuficiente ou demasiado calórica.

O excesso de peso e a obesidade aumentam o risco de doenças crónicas, e a desnutrição pode levar a mudanças adversas na composição do corpo, a uma deficiência cognitiva e deterioração do funcionamento do corpo, bem como ao agravamento das consequências do tratamento da doença subjacente.

Para determinar as necessidades calóricas da dieta de uma pessoa idosa, deve-se ter em consideração a massa corporal desta.

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida para calcular o estado nutricional dos adultos. É definido através do peso de uma pessoa em quilogramas dividido pelo quadrado da altura da pessoa em metros (kg/m2). Por exemplo, um adulto que pese 70 kg e tenha uma altura de 1,75 m, terá um IMC de 22,9.

70 (kg)/1.752 (m2) = 22.9 IMC

O quadro abaixo apresenta a situação nutricional, de acordo com o IMC, para uma pessoa adulta com mais de 20 anos de idade:
 

BMI

 
 
Para adultos, os valores de IMC entre 18,5 e 24,9 kg / m2 são considerados normais. Valores acima de 25 kg / m2 indicam excesso de massa corporal e um risco mais elevado de desenvolver doenças crónicas. Estudos que envolvem pessoas idosas sugerem que valores de IMC inferiores a 23 kg / m2 e superiores a 33 kg / m2 estão associados a um risco de vida mais elevado. Por outro lado, os valores de IMC dentro da variação considerada normal estão associados a uma mortalidade mais baixa.

Portanto, as pessoas idosas com uma massa corporal saudável, excesso de peso ou ligeiramente obesas, devem procurar manter a massa corporal estável. A redução da massa corporal no grupo dos idosos é recomendada quando a obesidade é muito significativa e existem indicações médicas para tal. Contudo, deve ter-se em conta que a perda de peso não só leva à redução do excesso de gordura corporal, mas também pode causar uma redução da massa muscular, especialmente quando este processo é acompanhado de atividade física regular.
 
 
 
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